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Fake news total: Kennedy e o Vietname

Mc Namara, um burocrata, ia a Saigão ver o que os generais queriam. Kennedy, que, é verdade, anos antes tinha escrito coisas muito acertadas sobre o papel dos EUA na Indochina - na prática nenhum - deixou-se ir. E deixou-se ir quando teve uma boa oportunidade de ir embora. O regime de Diem era só um grau abaixo do de Hanói em crueldade, o que era  pouco, e vários graus acima em corrupção, o que era muito.  O presidente  americano  sustentou-o. Depois engendrou, enfadado, pouco antes de morrer ( Novembro de 1963), o golpe que  Cabot Lodge  levou a cabo contra Diem e o irmão.  Acabaram mortos num blindado que os deveria levar a uma safe-house.  O medo de perder, internamente,  a face no confronto com os comunistas foi mais forte do que as suas anteriores convicções. 
 Jonhson herda o berbicacho  para deleite dos novos homens fortes de Hanói, Le Duan e Le Duc Tho, uma vez que  Ho Chi Min já estava na pré-reforma: agora era claro que o Vietname do Sul não passava de um fantoche do imperialismo americano.
Tudo  isto se passou sob o manto da mais nefanda propaganda, com a conivência da maioria dos jornalistas americanos, que, no entanto, eram convenientemente distraídos dos massacres efectuados por Hanói.  Pior é difícil em matéria de fake news.

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