Há uma cruzada de Sofia Rodrigues, do Público, contra a direcção do PSD, diz o PSD. Se a força de um político se mede pelos adversários que cria, e se Sofia Rodrigues é o adversário, Rui Rio tem hoje o estatuto de um vizinho numa disputa de serventias. Pode ser compreensível este desconforto com jornalistas não atrelados dadas as recentes companhias tão amigas da imprensa livre, mas é o que há.
Por outro lado, existe um tom de evolução na continuidade. Luis Filipe Meneses esquecia a idade Média e optava por outras épocas, mas também barganhava na luta de condomínios: os jornalistas eram soviéticos.
Talvez por andar azougado nestas cizânias, o PSD tem generosamente descurado o trabalho de casa. A sessão legislativa encerrou e o tal documento da reforma judiciária ficou no tinteiro. Num alarde de galhardia, tem deixado a oposição ao governo entregue ao Bloco e ao PCP. Não percebo muito bem.
Como dizia o certeiro Fialho, às vezes há cretinos cegos cujos óculos a política toma por orgãos visuais: deve ser o meu caso.
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