Skip to main content

Criatividade no PSD

1) A direcção do partido vai  processar  os candidatos às autárquicas que  gastaram mais do que o acordado  . Perguntou Rui Rio: Se eu não sei  gerir o partido, como é que poderei gerir o país? É uma excelente pergunta. Ficámos a saber que, se um dia for PM, processará os ministros que gastarem ( ou endividarem-se)  mais do que o orçamentado. Não esperamos menos desta nova forma de gestão política.

2) Ainda não  é clara a definição do direito à crítica. Se criticam no congresso-sítio-certo ( Montenegro), estão a jogar com o tempo; se saem ( Santana), estão a prejudicar; se  criticam nas reuniões ( deputados) , são corrécios.   O foco mediático assestou nas críticas aos críticos, o que é sempre uma boa maneira de passar a mensagem  ao país sobre  o que é ser alternativa ao PS.
Talvez fosse melhor uma circular interna: "A bem do personalismo, e em  memória do legado político de  Sá Carneiro, está temporariamente  interdita a crítica política  a esta direcção".


Comments

Popular posts from this blog

After eight

Depois da excitação sasonal, o assunto da morte de mulheres vai voltar ao remanso. Quando publiquei o livro pude estender o lençol , mas o registo pseudo-literário evitou algumas notas. Agora posso pôr a colcha. Na minha actividade profissional encontro amiúde o início do processo. Mais: encontro até processos que não chegam a ser. Duas correntes: a necessidade assumida que muitas mulheres  têm hoje de uma vida amorosa plena e a estupidificação dos maridos/companheiros/namorados diante dessa necessidade. Se a esmagadora maioria da violência sobre  elas  tem a ver com ciúme  e posse, temos de examinar a evolução das relações amorosas. O João foca-se aqui na saudade dos velhos mecanismos da solidariedade mecânica, como Durkheim a definiu, mas eles morreram bem antes do surto actual. Falando simples: se elas amochassem como amochavam há 40 anos ( não é preciso ir à sociologia do século XIX), muitos destes crimes não ocorriam hoje. A posse, a ilusão de uma garantia sobre o co

Farsas

Os três filmes sobre a luta contra  o comunismo na Polónia são polacos. Ou seja, o assunto, um dos mais importantes da vida europeia do final do século  XX, nunca interessou às grandes companhias  de Hollywood nem aos produtores, intelectuais e artistas franceses ou ingleses.    Há coerência. Também são raríssimas as incursões da  Europa ilustrada e unida contra o populismo, o fascismo e as fakes news, no quotidiano  de metade dos (actuais) europeus  sob a pata das polícias secretas, da interdição de manifestações, da proibição de livros e do encarceramento por delito de opinião. É evidente que eleger o assunto como tema de atenção significaria mostar como funcionou, na prática, o comunismo. Nos detalhes da repressão e da pobreza e não no palavreado do progresso e  da liberdade. Também havia episódios burlescos. Na Polónia as pessoas festejam o aniversário e o dia  do seu santo.  Quando era a vez de Walesa, uma espectacular pantomina desenrolava-se  diante de sua casa. Uma a u