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PSD: um passo em frente, dois atrás

Lenine dizia a Nadia que preferia um peixinho a um grande escaravelho: antes quero  dois ou três homens dedicados do que uma mão cheia de ociosos. Martov exigia o reconhecimento absoluto do programa, Lenine, na altura de fora ( 1904) ,  optava por uma análise cuidadosa  dos vários grupos. Ambos queriam o mesmo : fidelidade total. Quem não quer?

A hipótese de um congresso extraordinário é estapafúrdia. Se o partido está a fazer má oposição, serão as legislativas a selar essa impressão. A TSF faz uma das quatro perguntas retóricas, no caso a epiplética: mais para repreender do que para obter uma resposta. Por exemplo: Como pudeste fazer isso?
A suspeita de que não querer fazer nada agora  siginifica o desejo de ver  o  PSD enterrado é nefelibata. A autoridade de um congresso extraordinário é batida em refregas eleitorais. O contrário, com Meneses,  já  foi experimentado e o resultado foi a reeleição de Sócrates e, depois, o santo advento da  Geringonça.
 
André Ventura, incomodado com críticas de Rio, fala em três passos a dar. Exacto: um para a frente, dois para trás.

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After eight

Depois da excitação sasonal, o assunto da morte de mulheres vai voltar ao remanso. Quando publiquei o livro pude estender o lençol , mas o registo pseudo-literário evitou algumas notas. Agora posso pôr a colcha. Na minha actividade profissional encontro amiúde o início do processo. Mais: encontro até processos que não chegam a ser. Duas correntes: a necessidade assumida que muitas mulheres  têm hoje de uma vida amorosa plena e a estupidificação dos maridos/companheiros/namorados diante dessa necessidade. Se a esmagadora maioria da violência sobre  elas  tem a ver com ciúme  e posse, temos de examinar a evolução das relações amorosas. O João foca-se aqui na saudade dos velhos mecanismos da solidariedade mecânica, como Durkheim a definiu, mas eles morreram bem antes do surto actual. Falando simples: se elas amochassem como amochavam há 40 anos ( não é preciso ir à sociologia do século XIX), muitos destes crimes não ocorriam hoje. A posse, a ilusão de uma garantia sobre o co

Farsas

Os três filmes sobre a luta contra  o comunismo na Polónia são polacos. Ou seja, o assunto, um dos mais importantes da vida europeia do final do século  XX, nunca interessou às grandes companhias  de Hollywood nem aos produtores, intelectuais e artistas franceses ou ingleses.    Há coerência. Também são raríssimas as incursões da  Europa ilustrada e unida contra o populismo, o fascismo e as fakes news, no quotidiano  de metade dos (actuais) europeus  sob a pata das polícias secretas, da interdição de manifestações, da proibição de livros e do encarceramento por delito de opinião. É evidente que eleger o assunto como tema de atenção significaria mostar como funcionou, na prática, o comunismo. Nos detalhes da repressão e da pobreza e não no palavreado do progresso e  da liberdade. Também havia episódios burlescos. Na Polónia as pessoas festejam o aniversário e o dia  do seu santo.  Quando era a vez de Walesa, uma espectacular pantomina desenrolava-se  diante de sua casa. Uma a u