Suponhamos que a Maria, ao fim de mil anos, se vê livre do Asdrúbal que a maltratava, obrigava-a a adoptar crianças com nomes estranhos como Melgarejo ou Bruno Cortez e, ainda por cima, casa-se com Bruna, a louca da aldeia. Maria fica doente e por qualquer razão do foro psiquiátrico resolve ir viver outra vez com o Asdrúbal.
Pois, mas o Benfica não é a Maria e Jorge Jesus não é o Asdrúbal.
A luta armada terá de ser travada porta a porta, rua a rua, postigo a postigo se necessário. Já não temos a célula do Barreiro, que despachou o Pal Csernai num ápice, teremos de nos reorganizar.
Proponho, para já, a criação do Comissariado para a Defesa Vermelha que irá cadastrar todos os resistentes ao ataque que se avizinha. Diamantino, Chalana e Nené constituirão a troika dirigente. Como prova de vida, será considerado membro todo aquele que for capaz de escrever uma redacção de dez linhas com sangue obtido de um pequeno corte no polegar esquerdo ( os canhotos podem trocar).
Serão enviados comissários a todas as casas do Benfica. No norte pediremos ajuda aos Superdragões ( a revolução não tem pruridos) que são óptimos nestas actividades e insuspeitos de excessos, pois o seu líder até dá formação contra a violência no desporto. Os actuais dirigentes serão destituídos e se resistirem terão de passar 48h a visionar vídeos de Telmo Correia e Isabel Moreira. Em data a determinar, o povo Benfiquista marchará de todos os pontos do país em direcção à Catedral.
Nas televisões, os comentadores-traidores serão substituídos sumariamente. Pedro Guerra e Gomes da Silva ( um oportunista) serão exilados nas Berlengas onde se conduzirá uma experiência sociológica-revolucionária envolvendo gaivotas.
Vieira e Jesus serão embalsamados e expostos em permanência numa secção do Museu Cosme Damião doravante designada Sala Higiénica.
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