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Amor ( s.m.)
Se amar é uma perda de tempo, o amor é outra louça. Todos acabam, é verdade, mas por isso mesmo são independentes do amador. Esta regra torna-o num dos mais eficientes plenipotenciários da derrota.
Amar todos conseguem. Goebbels amava Magda e os filhos, os assassinos das mulheres amam-nas tanto que as matam à marretada. Já o amor, livre da debilidade humana, eleva a derrota ao paradoxo máximo. O meu amor por ti acabou significa a capitulação: o amor tem vontade própria.
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